A providência é a ordenação às criaturas para o seu fim, dando-lhes os meios necessários para a realização deste fim. Deus terá um cuidado especial para com o homem porque este é praticamente a síntese de toda Criação, é uma substância individual e racional.
A história humana se acha marcada por esse momento, por essa hora em que sofria a morte um inocente! Este inocente é Jesus Cristo.
A providência de Deus é um mistério como princípio de resposta para a dor e sofrimento dos inocentes, do servidor que sofre.
É por amor do homem e da dignidade humana que Cristo não foi tirado de seu sofrimento e de sua dor.
Deus age com sabedoria infinita, bondosa e onipotente que vem se manifestando em prodígios fabulosos como um milagre, por exemplo, a ressurreição de Lázaro. O milagre no sentido de uma derrogação das leis ordinárias, das leis da natureza. Visível ou não o milagre é raro, devido à multidão de efeitos que acontecem em nosso meio. Com um milagre, Deus muda esse mundo num detalhe, num aspecto.
O gosto do maravilhoso que este homem contemporâneo tem, veio deplorar a vida dos santos e da santidade. A verdade é mais bela de que todos os produtos da imaginação com todos os seus artifícios e adereços. Por isso não podemos aceitar como milagre qualquer coisa, e nem todas as coisas podem ser milagres, devemos ter cuidado com os artifícios da maldade humana.
Se Deus existe e nos ama, Ele pode fazer o que quer e quando quer.
“Senão vedes milagres e prodígios, não acreditais”(Jo. 4).
Deus usa o milagre para nos despertar de sua presença, de sua doutrina... Para nos fazer recordar a presença da graça em nós. Deus é tão bom, tão poderoso, tão sábio quando multiplica os pães e cura os doentes, etc...
O milagre requer duas coisas. Primeiro que ele seja insólito porque quebra o curso normal da natureza, mas que continua o curso novamente, depois, que ele seja divino. Espécies de milagres: 1)O milagre está acima da natureza, o corpo glorioso de Cristo, a ressurreição de Lázaro, a cura do cego de nascença...; 2)O milagre contra-natureza, a coexistência de corpos num mesmo lugar, a conservação das crianças na fornalha ardente, o caminhar de Pedro sobre as águas; 3)O milagre além da natureza, uma cura instantânea.
Diante de tantas evidências de que o milagre é plenamente possível, é de costume alguns agnósticos se perguntarem: É possível o milagre? É reconhecível um fato realmente milagroso? Ele é cognoscível como fato histórico? Ele pode ser reconhecido como divino ou como provindos de forças diabólicas?
Tais questões postas acima se caracterizam um inteiro absurdo! Mas, atentemos às respostas. Antes, é preciso afirmar que a negação do milagre nega supostamente a existência da Religião. Os racionalistas negam a Ressurreição de Cristo porque o milagre, segundo eles, não é fato histórico. Primeiro, o milagre é possível, senão houver nenhuma repugnância da parte de Deus e da parte das criaturas. Segundo, é discernível sim como fato absolutamente histórico relacionado como a qualquer outro fato histórico. Agente também pode estudar o milagre como fato miraculoso. Por exemplo, o cego de nascença... A partir dessas primeiras objeções podemos supor que o milagre é concernente como vindo de Deus. Enfim, o milagre é um fato divinamente realizado e não diabolicamente: a pessoa é boa, o objeto é bom, o fim é bom. Portanto, o milagre é bom porque nos indica a Glória de Deus. Acontece ainda hoje para se manifestar a bondade e a majestade divina. Bendito seja Deus! Aleluia! Aleluia! Aleluia!


Texto: Jackislandy Meira de Medeiros Silva, professor e filósofo.
www.umasreflexoes.blogspot.com e www.chegadootempo.blogspot.com


O tema fundamental do Antigo Testamento é a aliança que Deus instaura com seu povo depois do Êxodo. O Antigo Testamento é baseado na experiência da salvação, mas sobretudo na Promessa, pois se prometeu é Fiel. Israel espera uma nova e eterna aliança. Uma aliança escrita nos corações de todos como falavam os Profetas. Portanto, a tônica do Novo Testamento é diferente da tônica do Antigo Testamento. No Novo Testamento, o acento é colocado na realização da Promessa. A salvação é já dada de forma definitiva pela ação de Deus. No Novo Testamento, o cristão é já alguém salvo(At. 2.47) por causa da encarnação e da Páscoa de Cristo. O tema da confiança que era específico do Antigo Testamento não é eliminado, mas é enriquecido pelo tema da experiência de uma salvação definitiva.
Antigo Testamento tem por base a Promessa que Deus faz com o homem, através da confiança e da esperança. Já o Novo Testamento intensifica amiúde a realização dessa Promessa desde Abraão até os nossos dias, passando pela presença definitiva e plena do Salvador da História e do Mundo.
O mistério de Deus e a Salvação são realidades não apenas desejadas para o homem, mas sim fatos que se tornam objetos de experiência. A Salvação é algo que toca, restaura, mexe com nossa estrutura, sara todas as feridas porque estabelece conosco uma experiência humana. De Deus, os homens podem ter uma experiência única e verdadeira. O Novo Testamento proclama o evento de Deus que se faz carne na História. E pode ser encontrado, conhecido e experimentado. Aqui emerge a grande diferença entre Cristianismo e as Religiões. Deus responde a uma expectativa humana muito maior do que o homem esperava.
O grande teólogo americano do século passado R. Niebur disse: “Nada é tão inacreditável quanto a resposta a uma pergunta que não se coloca”.
No Novo Testamento, Deus se revela como resposta a sede do homem. Uma resposta ao grito do homem que se torna próxima, familiar ao homem, próxima à existência do homem. Isso é bem claro na perícope da Samaritana:
“E quando o Senhor entendeu que os fariseus tinham ouvido o que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João, deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia. E era-lhe necessário passar pó Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José. E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta. Veio uma mulher de Samaria tirar água; disse-lhe Jesus; Dá-me de beber. Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. Disse-lhe pois a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?” Aqui, pelo diálogo, Jesus quebra o obstáculo que havia entre judeus e samaritanos. Não há mais preconceito. Em Jesus, a misericórdia se torna plena, uma vez que o exemplo vem de suas ações e palavras. Assim continua Jesus o diálogo: “Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz – Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde pois tens a água viva? És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado? Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe se fará nele uma fonte d’água que salte para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la”(Jo. 4.1-15). E o diálogo com Jesus continua por mais algum tempo.
O que é mais pertinente aqui é o fato de Jesus participar da experiência de vida da samaritana a ponto de mostrar-lhe quem realmente era, o Salvador que estava ali para saciar a sede de todos os pecadores, tantos quanto reconhecessem estar sedentos da água da vida eterna, não de uma água natural, mas espiritual que, com a qual, nunca mais teremos sede. Jesus, agora, é a realização plena, transbordante de nossas vidas. Vamos todos até Ele, a fim de bebermos da água que jorra para vida eterna.
Jackislandy Meira de M. Silva. Professor e filósofo.


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