Não pare, o melhor vai vir depois,
Espere, o pior já se passou,
Insista, pois a porta vai se abrir,
Não chore mais assim

Conquista, sempre vem depois da luta,
Resista, tem que ganhar a disputa,
É hora, de correr olhar além do sol,
Antes da noite começar.

Guerreiros, soldados, valentes,
Trezentos vencem mais de trinta mil,
Se o sol não quer parar,
E se a noite quer chegar,
Insista, resista, não pare,

Não lamente o que perdeu,
Estar restituindo, irmão se prepare,
Tudo que o Senhor prometeu,
Ele vai cumprir ele é Deus
Aguarde sorrindo irmão,
Não pare.

Conquista...




A impressão que se tem quando dormimos é que os sentidos e a razão perdem suas forças. A consciência e o corpo parecem descansar para recuperar suas energias. Talvez o sono seja a experiência humana mais próxima da suspensão da vida, um estado em que a existência do eu se evade, sai de si e se refugia no nada, no tédio ou na fadiga, de modo a percebermos que a verdadeira vida está ausente.
Nessa direção se abre uma chave de leitura para o episódio bíblico narrado no livro de Jonas, onde a personagem central que intitula o próprio livro desobedece ao seu Deus, achando ele que poderia fugir ou evadir-se da presença de Deus. Mal sabia Jonas o que estava para acontecer. Ao fugir para Társis, visto ser o lugar mais longe possível para a época, sobretudo aos olhos dos hebreus, Jonas tenta renunciar à sua missão: Ir a Nínive, a grande cidade, e anunciar contra ela sua maldade, pois está desagradando a Deus (Cf. Jn 1. 2, in Bíblia de Jerusalém, impressão de 1993).
Teimosamente e de modo muito rebelde, Jonas não vai aos ninivitas para fazer o que Deus lhe pedira, no entanto toma um navio e zarpa para Társis. Só que durante a viagem, algo de sombrio e extraordinário acontece. Deus lança sobre o mar uma terrível tempestade a ponto de a um só tempo, por consequência do vento violento, o navio naufragar e os marinheiros a gritar assustadoramente. Pelo tom dramático que o autor sagrado põe nessa história dá até para imaginar a cena de desespero dos marinheiros implorando, cada qual ao seu deus e ao seu modo, socorro e salvação.
Quanto tumulto, desespero, medo e gritaria nesse ambiente! Porém nada disso incomodava o sono de Jonas, que se encontrava no fundo do navio deitado e dormindo profundamente (Cf. Jn 1. 5). Nem mesmo o mar bravio conseguia acordar Jonas.
Até que, finalmente, o comandante do navio aproxima-se dele e diz: “Como podes dormir? Levanta-te, invoca o teu Deus! Talvez Deus se lembre de nós e não pereceremos”(Jn 1. 6).
Depois de lançarem a sorte e descobrirem que havia sido Jonas a causa daquela terrível tempestade, os marinheiros foram obrigados a jogar Jonas no mar para que o mar acalmasse a sua fúria. Daí segue-se o que mais se sabe da história de Jonas, Deus determina que um peixe grandioso engula Jonas e que ele permaneça nas entranhas do peixe três dias e três noites.
Somente quando Jonas reconhece que Deus é Deus através da sua oração com clamores e súplicas é que, de repente, o peixe o vomita sobre a terra.
Gostaria de chamar atenção para duas coisas nessa preciosa história. Primeira, o sono de Jonas não é como o sono de um justo trabalhador que, extenuado pela dura carga de trabalho, faz uma humilde pausa de recuperação de energias, contudo, é “manter-se no descumprimento do sono”(LEVINAS, Emmanuel. Da existência ao existente. In CINTRA, Benedito E. Leite. Pensar com Emmanuel Levinas. São Paulo: Paulus, 2009, p. 39-40). Segunda, ou o sono de Jonas quer significar a “epoché”, conforme a qual o homem procura renunciar à certeza, interromper seu juízo sobre as coisas e confrontar toda a afirmação a uma dúvida intensa (desgosto e rebeldia do profeta Jonas) ou nos permite dialogar com a forte ideia bem representada na obra do artista espanhol Francisco de Goya, O Sono da Razão Produz Monstros (1796-1797).
Não nos esqueçamos do final da história segundo a qual o profeta queria a todo o custo fazer justiça aos ninivitas pelos males cometidos, ao passo que Deus teve misericórdia do povo. Enquanto o homem leva até às últimas consequências o tribunal da razão, Deus e, somente Ele, quebra a lógica fria da razão com a doce ternura do amor.
      
Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
Bel. em Teologia, Bel. e Licenciado em Filosofia, Esp. em Metafísica, Esp. em Estudos Clássicos.






Eu tentei de tantas formas ser feliz
Mas despreso foi tudo que consegui
Como sofreu o meu coração
Cheguei até pensar que a minha vida era ficcção
Pois num beco sem saida, não via chance de um dia ser feliz
E estando eu naquele triste estado
Corpo ferido e coração magoado,
Tudo se concretizou, Jesus além das forças não me provou
Me fez feliz e a minha hitória ele mudou,
E o meu passado como página virou
Agora já passou
É uma página virada em minha vida
Pois no espelho eu não vejo mais feridas
De um passado que feriu meu coração
Agora tudo mudou,
Sou abençoado e hoje canto assim
Na certeza que Jesus está aqui
Morando dentro lá no fundo,
Do meu coração.

De Shirley Carvalhaes para nossa meditação neste Ano Novo.


(foto: arquivo pessoal, bacalhoada de minha esposa)
             A cultura judaico-cristã é intensamente presente no interior da cultura brasileira. Agora, sobretudo, quando celebramos a páscoa, a simbologia que envolve os elementos daquele dia cruento – para os judeus, a libertação do Egito, a travessia apressada pelo mar vermelho com os cavalos e cavaleiros em seus calcanhares; para os cristãos, o drama da dor, do sofrimento, paixão, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré – parece dialogar profundamente com o dia a dia do cidadão brasileiro nas mais diferentes regiões, com os modos e peculiaridades de cada lugar.
            Para começar, é feriado nacional. Todos param e estabelece-se, quer queiramos ou não, uma ruptura no calendário de nossas rotinas. Abrimos o tempo profano (cronos) para dialogar com o sagrado (kairos) em nossas vidas. O curioso é que muita gente inverte a ordem das coisas e acaba suspendendo o sagrado em função do profano dando margem a inúmeros excessos.
            Em meio à memória da paixão, morte e ressurreição de Cristo, o que nos chama atenção é a variedade culinária que se espalha pelo vasto território brasileiro nestes dias de preparação que antecedem a grande festa da páscoa para nós cristãos. A semana santa que culmina com a Ressurreição de Jesus no domingo se reveste de uma “santa comensalidade”. Em cada canto do país, por causa da influência da cultura judaico-cristã, é muito comum a criação de variados pratos alimentares que substituem tradicionalmente nossos rotineiros hábitos alimentares, o forte costume de todos os dias.
            Engraçado que a carne de boi, a famosa carne vermelha é substituída pelo peixe dos rios ou dos mares. É costume inserirmos nas refeições o tão recomendado bacalhau; que pode ser incrementado de muitos modos, cozido, como torta ao forno, bolinhos de bacalhau e etc. A quinta-feira do tríduo sagrado é dia reservado para o aguardado arroz doce. Refeições como estas, principalmente no interior do nordeste, são muito comuns e fáceis de ver e de se fazer, basta vontade e muito amor. Não podemos esquecer as suculentas umbuzadas feitas por nossos avós. O vinho ou suco de uvas é também acrescentado à mesa.
            As famílias se reúnem em volta de uma mesa mais farta neste período do ano, pois os costumes são mais fortes do que o bolso. Apesar dos ingredientes necessários para uma boa ceia pascal serem um pouco caros, mesmo assim o cidadão brasileiro faz questão de comer bacalhau, ova de peixe e outras iguarias tão tradicionais na semana santa. Ainda assim, não podemos nos dar ao luxo de esquecer o ovo da páscoa com bastante chocolate para afastarmos as tristes lembranças do sofrimento de Cristo e nos fixarmos somente em sua glória, em sua vitória, visto que o consumo de chocolate aumenta o nível do hormônio responsável pela sensação de bem-estar, de alegria, a “serotonina”, bem como o hormônio da “feniletilamina”, conhecido como o hormônio da paixão.
            Na verdade, conviver com todas estas guloseimas da semana santa e ter que praticar algum tipo de abstinência ou mortificação é um desafio e tanto, uma vez que os diferentes banquetes se sucedem um após outro deixando sabores inesquecíveis de quero mais. O querer mais em relação à comida e à bebida nos induz aos excessos, a comportamentos desmedidos, distanciando-nos do sentido do evangelho: “Não só de pão vive o homem”(Mt 4.4). Talvez, aí esteja a razão desta semana, compreender nossos paradoxos, contradições e ambiguidades. Figuras trágicas como as de Pedro e Judas parecem ser chaves nesta leitura. Negação e traição não faziam parte dos ingredientes. Ou faziam?
            Contudo, os banquetes da época de Jesus eram, certamente, mais sóbrios, modestos, regados a vinho ou suco de uvas. Os elementos da ceia pascal dos judeus estavam muito além do pão ázimo e do vinho, mas acrescia-se de carneiro assado, inteiro num espeto, geralmente um cabrito; “Harósset”, uma mistura de maçãs picadas, nozes cortadas, canela, passas, que serve como sobremesa; Ervas amargas, rabanete, chicória, “marór”; Ervas verdes, agrião, alface, aipo; Salmoura. Atualmente inclui-se no cardápio um ovo cozido, em memória da destruição do Templo, porém, é um elemento posterior à época de Jesus.
            Embora longe do modelo histórico de ceia pascal vivido por Jesus de Nazaré, é importante que não deixemos de adicionar ingredientes invisíveis ou pelo menos esquecidos às nossas guloseimas: a partilha e o amor. Após a sua morte, os seus discípulos e as comunidades cristãs colocavam tudo em comum e viviam como irmãos. 

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
Bel. em Teologia, Licenciado em Filosofia, Esp. em Metafísica e Pós-graduando em Estudos Clássicos pela UnB/Archai/Unesco.



A revista ‘Época’, desde 2007, elege os “100 brasileiros mais influentes do ano”. Na edição que chega as bancas nesta segunda-feira (17), a revista mostra quem são as “personalidades capazes de liderar, inspirar ou influenciar o rumo e o desenvolvimento do país”.
Neste ano, a revista Época separou os escolhidos nas categorias: Artistas, Construtores, Heróis e Líderes.
Pastor Silas Malafaia, pelo segundo ano consecutivo, aparece entre os 36 escolhidos na categoria Líderes, ao lado dos ex-presidentes Fernando Henrique e Lula, ministro Joaquim Barbosa (do STF) e presidente Dilma Rousseff. O líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, segundo a revista, “não tem medo de polêmica ao defender suas ideias no debate público”.
Mesmo sem concordar com as opiniões do pastor Silas Malafaia, o filósofo pernambucano Luiz Felipe Pondé, colunista do jornal Folha de S. Paulo, reconheceu a importância do pastor. ”Sua importância se dá porque ele aquece o debate público, quebrando a etiqueta do coro dos contentes (a covardia orquestrada), que alimenta nosso debate público. Malafaia traz para o Brasil uma prática ainda pouco comum em nossa vida política: a cobrança de opiniões morais e religiosas explícitas por parte dos candidatos. Numa coisa não deixa de ter razão: a opinião pública brasileira, evangélica ou não, concorda com grande parte do que ele diz contra o casamento gay e outros quebrantos da moral ilustrada contemporânea”.
 
Pastor Silas Malafaia comenta:
“Acredito que tudo o que acontece comigo é permissão de Deus. Acredito também que a minha participação entre os 100 brasileiros mais influentes se dá pela grandeza e o respeito pela comunidade evangélica brasileira. Muito mais por isto do que propriamente pela minha pessoa.
Como já disse em várias oportunidades, não sou maior e muito menos o mais influente, sou um dos pastores entre vários líderes que exercem uma certa influência.
Concluo dizendo: tudo o que sou, tudo o que tenho, tudo o que faço, é permissão de Deus.
A DEUS SEJA A GLÓRIA!”



Aprendi que quanto mais nos aproximamos de Deus, mais parecemos com Ele. Quanto mais nos aproximamos das estrelas, mais parecemos com elas. Engraçado, mas descendo gradativamente nessa visão, é possível dizer ainda que quanto mais nos aproximamos das pessoas, mais nos parecemos com elas; quanto mais nos aproximamos dos nossos pais, mais nos parecemos com eles; quanto mais nos aproximamos dos nossos amigos, também parecemos com eles; quanto mais nos aproximamos de nossas esposas e vice-versa, mais nos assemelhamos a elas.

Descendo escada abaixo, o procedimento é o mesmo. É possível fazer essa relação de proximidade com tudo na vida, inclusive com as coisas, com o mundo, com as estruturas sociais, políticas e culturais de um modo geral. Embora se diga o contrário em alguns casos, o elemento aproximativo é fundamental para não só conhecermos com quem estamos lidando, mas com quem escolhemos para nos aproximar, para nos relacionar.

Esta mesma forma de aproximação se dá também com um livro, um animal de estimação, um filme, uma história, uma ideia, enfim. Quanto mais me aproximo de um livro, mais me pareço com ele. Quanto mais me aproximo de uma ideia, mais me assemelho a ela.

Imersos neste emaranhado de relações, seja com pessoas ou coisas, não estamos imunes aos conflitos, às injustiças e às incoerências deste mundo, pois reagimos de alguma forma. Mesmo quando não reagimos externamente ou fingimos não reagir, ainda assim reagimos positiva ou negativamente. E por mais que conheçamos as pessoas, o próprio mundo e Deus por essa cadeia de proximidades, não quer dizer que os riscos de uma traição, de uma certa leviandade ou de golpes de crueldade não parem de nos ameaçar, até porque nunca somos traídos por estranhos.

Na maior parte das vezes, nossas aproximações também denunciam com quem ou com o quê queremos parecer, com quem nos assemelhamos. Obviamente que aceitamos o contraditório, uma vez que nem todo mundo se parece com quem anda, com quem se relaciona ou com quem tem certa amizade. Todo cuidado é pouco, pois com o passar do tempo somos levados, até involuntariamente, a nos parecermos com o outro, cada vez mais íntimo e próximo de nós.

O nível de aproximação, claro, pode evitar uma série de investidas negativas contra nós, porém a mesma aproximação pode nos fazer entender que não são com todas as coisas ou pessoas que queremos parecer. Ou seja, não é bom parecermos com tudo que nos aproximamos, visto que muitos de nós não queremos parecer com o traidor, com o maldoso, com o perverso e o saguinário.

Penso que aproximar-se é, na verdade, uma tarefa importante para aqueles que se sentem parte do mundo das intrincadas relações sociais, onde muita coisa é meio obscura, sinistra e enganosa. Não há modo mais eficaz, talvez, de desmascarar as coisas do que participar delas de perto. Diria até que a proximidade do cidadão às instituições sociais pode diminuir o nível de corrupção política nessas instâncias, mesmo sabendo que, ao nos aproximarmos destas pessoas, não gostaríamos de nos parecer com elas.

Ilustração: Alessandro Sbampato in [em] Revista nº 12




Prof. Jackislandy Meira de M. Silva

Especialista em Metafísica, Licenciado em Filosofia, Bacharel em Teologia e

 
Pós-graduando em
 
 
Estudos Clássicos pela UNB e Archai Unesco.







(apreciação da obra: Calmaria II, de Tarsila do Amaral)

É curioso, mas toda vez que me reencontro com a palavra “graça”, ocorre-me a impressão de que ela nos põe em conexão com uma abertura ou fissura presente no mundo, no cotidiano ou mesmo no curso mais simples da vida. Se é óbvio que a vida é contingência pura, tão óbvio que a cada ano somos tomados pela experiência do fim, pela sensação do ponto final que nos lança para outras continuidades, a graça, em contraluz a esta carga de contingência, parece ser muito mais uma potência de esperança, uma explosão de alegria e uma assustadora busca por mansidão.

A graça da vida está na descoberta desta mansidão. Nosso mestre Jesus disse coisas admiráveis em relação a isso. Aos seus amigos que estavam apavorados com o mar bravio, Jesus os advertiu para que não tivessem medo, pois estava com eles; o mar se acalmou(Cf. Mt 8.26). Repare bem, Jesus propõe ser uma abertura de salvação ao fechamento imposto pelo medo. Quando a mulher adúltera é apedrejada pelo povo em sinal de condenação, Jesus mais uma vez intervém com palavras de abertura: “Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra”(Jo 8. 7). A intervenção da graça que é Jesus não só interrompe a condenação imposta pelo povo, mas salva aquela mulher.

Quantas vezes Jesus não se tornou a possibilidade de abertura para um mundo fechado à violência, ao medo e à contingência da morte, do fim! O convite “Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”(Mt 11. 28) é a prova de que a vida não fecha seu ciclo sem que antes não ganhe verdadeiro sentido no alívio, na paz trazida por Jesus. Quem não lembra dos que ladeavam Jesus quase morto no alto da cruz, os ladrões, pedindo misericórdia, mas antes murmuravam, “Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo”(Lc 23. 39), blasfemavam, injuriavam. Não poucos de nós, também, assim como estes ladrões, continuamos a murmurar por algo que nem sequer entendemos ou desejamos de verdade.

Às vezes reclamamos por alguma coisa que sequer precisamos. Não temos discernimento para compreender o que Deus está querendo fazer conosco há um mês, dois meses, um ano, uma década. Deus simplesmente quer fazer algo maravilhoso conosco e tem uma vida toda pra isso. Mas não temos paciência para agradecer o que Deus já está fazendo e, por isso, murmuramos como fizeram os ladrões. Não sabiam eles o que Jesus estava preparando: “Hoje estarás comigo no paraíso”(Lc 23. 43).

Muitos passam uma vida inteira atolados na contingência de uma vida sem sentido; num trabalho exaustivo, com um salário miserável; numa família conflitiva e desestruturada; numa sociedade hipócrita e mentirosa; numa cultura ideológica dominante e alienante; num mundo frio, sem calor humano, e violento, onde não há quase lugar para o diálogo e os afetos. A vida, por sua própria contingência, já é cheia de sofrimento e dor, imagine então se nos fecharmos nela mesma, se nos irritarmos com qualquer besteira, se darmos lugar para tolices, se passarmos o dia inteiro reclamando de tudo, ora, não haverá lugar para a paz, a mansidão, uma vez que estaremos fechados em nossa própria ignorância.

Pense, então, se a vida já traz suas próprias desgraças, problemas e mazelas, por que torná-la insuportável, quando podíamos aliviá-la e torná-la melhor, cheia de graça!? Qual a graça da vida se ela não produz maravilha alguma? Qual a graça da vida se ela está fechada em si mesma? Eis a abertura para a graça da vida: paciência e muita, muita mansidão.

Encontre a graça da vida: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus”(Sl 46. 10).



Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva

Bel. em Teologia, Licenciatura em Filosofia, Esp. em Metafísica e Pós-graduando em Estudos Clássicos pela UnB/Archai/Unesco.




(foto: Vantuir Azevedo)

Cantemos um salmo ao nosso Deus pela maravilhosa obra das suas mãos. O louvemos com muita alegria pois estamos cercados dos sinais de sua grandiosa criação. Ao ver esta belíssima foto, ocorreu-me na memória o que o Salmo 8  expressa de louvor e gratidão pelas coisas criadas: 
"Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra, tu que puseste a tua glória dos céus! Da boca das crianças e dos que mamam tu suscitaste força, por causa dos teus adversários para fazeres calar o inimigo e vingador. Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que estabeleceste; que é o homem, para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? Contudo, pouco abaixo de Deus o fizeste; de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés: todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo, as aves do céu, e os peixes do mar, tudo o que passa pelas veredas dos mares. Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra!"





(Pintura do Cristo na Cruz, 1949, de Samson Flexor)
 

A pessoa de Jesus é crucial para entendermos como se modificou a história após Ele. Você já leu o Evangelho olhando para Jesus? Sentiu o som da sua voz enquanto falava com seus discípulos? Já percebeu a autoridade e o respeito que emanam de sua presença?! Cada palavra sua tem um peso de eternidade. Jesus é especial. Sua presença simplesmente enche os espaços vazios de qualquer ambiente. Se tem alguém que nos coloca de volta no tempo e no espaço de nossa história, esse alguém é Jesus Cristo. Este judeu que modificou a cultura religiosa judaica e que abriu uma fenda entre o céu e a terra para nos salvar integralmente revirou de cabeça para baixo a noção de justiça em todas as culturas em sua volta. Homem algum foi tão bom quanto Ele, por isso sua afirmação como Deus. Ninguém foi tão justo ao ponto de não abrir a boca, mesmo sabendo que iria morrer injustamente, cumprindo uma nova lei, a lei do amor. Uma lei desconcertante e com lógica divina. Viveu eternamente por obediência a esta Lei que poucos ainda conheciam!
A reviravolta que Jesus deu no pensamento cultural de seu tempo é extraordinário. Se admiramos Sócrates pela virada filosófica do cosmos para o humano, por ter chamado à atenção para si mesmo; se vimos Platão, em suas obras, responder às refutações do Mestre como ninguém; se Aristóteles possibilitou à filosofia se expandir ao estágio de ciência; se fomos capazes de nos deslumbrar com as inúmeras conquistas de Alexandre Magno; como reagir à surpreendente forma de Jesus de Nazaré se dirigir ao “status quo” do mundo pagão, legalista e religioso da Grécia, de Roma e de Israel de então, respectivamente? Jesus põe à prova sua ética por questões caducas, pesadas e tradicionais dessas culturas que mais aprisionavam o povo com interesses provincianos do que o libertava dos grilhões da insensatez e da tremenda falta de tolerância.
Jesus entra num mundo intolerante e perverso que não o aceita, isto é, “os seus não o receberam”(Jo 1. 11). Essas culturas não absorvem o seu novo pensamento presente em suas palavras, em seu discurso fino e afiado, muito menos em seu comportamento, acompanhe alguns registros de suas testemunhas nos Evangelhos: E tendo feito um azorrague de cordas, lançou todos fora do templo, bem como os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derribou as mesas, e disse aos que vendiam pombos: Tirai daqui estes e não façais da casa de meu Pai casa de vendas”(Jo 2. 15-16); “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Assim, o Filho do Homem é Senhor até do sábado”(Mc 2. 27-28); “Não necessitam de médico os sãos, mas os doentes”(Mt 9. 9-13); “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra”(Jo 8. 7); “Filho, perdoados estão os teus pecados”(Mc 2. 5); “O que Deus ajuntou não separe o homem”(Mt 19. 6); “O meu Reino não é deste mundo”(Jo 18. 36); “Aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus”(Mt 18. 4); “Bem-aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque serão fartos”(Mt 5. 6); “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”(Jo 15. 12). O quanto não incomodaram estas e outras palavras!!!
Permitam-me usar um termo dos tempos do Renascimento, cunhado talvez por Nicolau Copérnico quando da sua famosa descoberta da teoria do “heliocentrismo”, derrocando a tão pretensa lei do “geocentrismo”, o termo é “Revolução” bastante desgastado pelas ideologias socialistas do século passado, porém, com um sentido de mudança de posição, de valores, de reviravolta mesmo, é que a “Revolução” do amor cai muito bem em Jesus. Nesse sentido, Jesus foi um grande revolucionário, porque, mergulhado no amor pleno, no “ágape”, mostrou a todos o verdadeiro sentido da koinonia”, da comunhão fraterna entre os irmãos que era o serviço e a partilha do pão. Jesus pregava que todos deviam viver em comunhão.
Vejam que os gregos viviam com sede de vingança, assoberbados pela honra e pela glória, corriam atrás de seus heróis e de seus deuses fascinados por conquistas e guerras. Os romanos não admitiam aliviar a pena de seus criminosos, eram extremamentes obedientes a César. Os judeus, atrelados à Lei mosaica e ao código de Hamurabi do olho por olho, dente por dente, virou às costas ao que era seu, Jesus de Nazaré, da descendência de Davi, do tronco de Jessé, como dizem as Escrituras. No entanto, da boca deste homem, que vivia como um Deus entre nós, brotou uma semente de vida e de esperança para todas as gerações, a semente do amor, do dar a outra face, do não revidar, da cura, do perdão, do hoje estarás comigo no Paraíso”(Lc 23. 43).
Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
Bacharel em Teologia, Licenciado em Filosofia e Especialista em Metafísica


Acabo de chegar de um culto abençoado no Jucuri, vila cheia de floranienses da gema. A gema de Florânia é o Jucuri, o em torno da vila é a clara do ovo em relação à sua história.
Falei da Palavra do Senhor com muito amor e pertencimento. Devíamos nos comportar como descendentes de Cristo, Ele já veio. Nada de ficarmos "apenas" esperando a sua volta. Falemos de seu amor e do quanto Ele tem para nos ensinar. Jesus é o nosso Mestre por excelência!
Jesus é vida em abundância quando veio e deixou o seu Espírito por nós. Será o nosso juiz quando voltar no trono de glória.
Nos comportamos como se Jesus não tivesse vindo. Ele já veio. Tá aí a salvação, mas simplesmente relutamos a ela, a negamos, não a aceitamos.
Como nos afirma a palavra em Jo 15, Deus nos deu o seu único Filho por amor de nós. Vc daria seu próprio filho pela salvação do mundo? Creio que não. Abraão passou por isso e quase se esquivou. 
Mas, hoje, Deus nos fala pelo seu filho que aboliu todo qualquer tipo de sacrifício. Antes nos falou pelos pais e profetas, Deus nos fala agora pelo Filho Cf. Hb 1.1ss , somos herdeiros de e com Cristo, por isso multiplicadores, semeadores da sua misericórdia, do seu amor. Deus ama vc meu irmão! O confesse como seu único salvador! Por amor, abriu-se a porta da salvação. Entre por ela e seja feliz!

Prof. Jackislandy Meira de M. Silva.


Em comemoração a semana do evangelico, a cidade de Florânia vivenciará no dia 06 de Dezembro, no centro da cidade, às 18:00 horas, um dos maiores eventos evangélico da história, o "Grande Louvor de Gratidão" do irmão Hélio Araújo.

O evento que será realizado em Florânia será marcado com o lançamento do novo CD da cantora gospel Alice Maciel e Banda Pentecostal. O Grande louvor de Gratidão terá a participação especial dos irmãos Franklin Araújo, Camilla Braga e a Banda Nordestinos Adoradores.
Venha participar com sua família do Grande Louvor de Gratidão levando um quilo de alimento não perecível que será doado neste Natal para as famílias carentes do nosso município.

Apoio Publicitário: Blog do Claudiano Silva

 www.claudianosilva.com


A Assembleia de Deus da Cidade de Florânia, juntamente com toda comunidade evagelística, estará realizando um evento de Louvor e Adoração para semear a Palavra do Senhor em vidas que querem e precisam ser salvas. A cruzada será neste dia 30 de outubro, certamente em praça pública, às 19h.





Esta expressão atravessou as eras desde que saiu da boca de Deus e foi ao encontro de um homem que tinha uma missão quase impossível, a de libertar da escravidão o povo escolhido por Deus para ser sinal de uma verdadeira aliança entre Ele e os homens.
De lá para cá, em meio a obediências e desobediências, jamais Deus abandonou o seu povo, fazendo valer a sua fidelidade e a marca de sua presença maravilhosa em nosso meio, vindo a cumprir tudo que havia prometido numa única e exclusiva pessoa, seu Filho, Jesus Cristo.
Deus disse: Eu sou Aquele que É. Esta revelação foi interpretada pelos exegetas de duas formas: A primeira, num sentido causativo mesmo, quer dizer, eu sou a causa do ser, de tudo aquilo que existe, a origem de todas as coisas. A segunda forma é o sentido relativo que se apresenta assim: Eu Sou Aquele que está a favor do seu povo, aquele que está em relação ao seu povo. Este segundo sentido acentua mais o valor histórico da revelação do nome de Deus. Um Deus que se manifestava ali, na frente de Moisés, como um sinal vivo e presente de esperança. Um Deus que não só libertará seu povo, mas que suprirá todas as suas necessidades reais e presentes.
No Sinai, não se trata de uma Revelação Metafísica de Deus, como afirma a filosofia do ser. Ainda mais porque é uma especulação abstrata e estranha à mentalidade dos hebreus e dos povos semitas em geral. Por isso, Êxodo 3.14, nos seus dois sentidos não indica uma reflexão meramente filosófica, mas pura e simples autocomunicação de Deus. Deus se revela como presença incorruptível ao lado do homem, como uma realidade viva que não se desgasta, que não se consome. Essa é a potência da figura da sarsa ardente e de todas as circustâncias que envolve este importante episódio bíblico.
Quando Moisés se encontra com Deus no Monte Sinai uma certeza se abre no horizonte de dúvidas de Moisés: Há uma saída para o meu povo. Diante da missão que Deus lhe pede, Moisés externa a sua pequenez, sua incerteza e sua insegurança: “Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?”(Ex 3.11). Moisés não sabia disso, mas não importa quem seja ele, grande ou pequeno, rico ou pobre, poderoso ou fraco, o que de fato importa é que Moisés já tinha sido escolhido para ser sinal ali da presença maravilhosa e extraordinária de Deus. Deus tinha que usar alguém e usou a Moisés para ser seu servo e comprovar toda a sua obediência. Porque, segundo o texto, Deus é simplesmente assim e pronto: “Eu Sou o que Sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a Vós. E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de Vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração”(Ex 3.14-15).
Com essas palavras, diria mais, com sua presença majestosa que preenche tudo, Deus exime todas as suspeitas de uma missão mal sucedida. Deus também afasta para bem longe as inúmeras espécies de dúvidas no coração de seu escohido, Moisés. Sendo assim, restará a Moisés obedecer e confiar em alguém que lhe pôs o Ser. Em alguém que não só lhe deu o ser, mas que se permitiu por em seu caminho. Veja bem, Deus saiu de si e permitiu-se entrar na vida dos homens! Isso é maravilhoso. Será preciso honrar tudo isso. Nas mãos de Moisés ferve a esperança de um povo e a mudança de uma história.
Parece ser muito complicado fazer filosofia de um texto dessa natureza, mas se tentarmos uma aproximação não pode ser somente pela via da especulação racional, mas da vida. Quem se aproximou um pouco dessa compreensão foi Tomás de Aquino, cuja Filosofia se desenvolveu na Alta Idade Média, séc. XII, XIII e XIV, beirando o Renascimento. Para Tomás, Deus é pura subsistência de ser, Deus é o ser por excelência. “Ipsum esse subsistens”. É uma afirmação por via puramente racional. Tomás não usa textos bíblicos para isso. Porém, o contexto histórico no qual Tomás vive é um contexto de comunidade cristã, é um contexto impregnado pela revelação cristã. Os argumentos de Tomás de Aquino não partem de uma razão abstrata, mas partem de uma vida. É a partir de uma vida que ele faz um aprofundamento em relação a Aristóteles. Isso é possível por causa de uma vida, pelo fato de viver num mundo dominado pela concepção da Revelação.
Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
Licenciado em Filosofia, Bacharel em Teologia e Especialista em Metafísica




Difícil tergiversar sobre tamanha cidadania já que muitos não a admitem. Se exercer uma cidadania terrena, da cidade mesmo, é um tanto quanto difícil, imagine então quando essa cidadania implica trazer para o mundo real as novidades eternas difundidas pelo Evangelho! Para tanto, requer de nossa parte uma intensa dedicação ao Reino de Deus, uma vez que o projeto de uma cidade dos céus estaria sendo relegado por muitos: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (Jo 18.36). Apesar de uma realidade de rejeição ao exercício de uma cidadania celeste, o anúncio e o testemunho das palavras e dos atos do Senhor se fazem pertinentes por causa da escassez de um poder espiritual no mundo contingente. O mundo sente cada vez mais a ausência de Deus! Quanto mais os cidadãos do mundo, os cosmopolitas como diria Sócrates, rejeitam uma cidadania diferente, de um Reino dos céus, mais e mais se faz urgente a Palavra do Senhor que diz:(...) o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho”(Mc 1. 15).
É muito próprio do cidadão comum cumprir suas obrigações, obedecer às leis, participar do governo de uma cidade, como também exigir a garantia de seus direitos à Educação, à Saúde, à Liberdade, de modo que venha a sentir-se incluído no meio social de crescimento e realização pessoal, mas nada disso lhe garante a salvação. Do contrário, há de se perceber uma insaciável busca do cidadão por valores imperecíveis, eternos, isto é, embora tenha um exercício de cidadania razoável para viver, o cidadão em algum momento é capaz de se dar conta da sua insatisfação, onde a procura pela verdadeira vida, por milagres e sinais dos céus são muito latentes. Lembrem-se da pergunta dramática do jovem rico: “Senhor, que devo fazer para alcançar a vida eterna?”(Cf. Mt 19.16-22)
Enquanto Jesus veio para os seus, mas os seus não o conheceram, conforme está dito logo no início do Evangelho de João, viraram-lhe as costas, o mataram, o eliminaram, porém não foram muito longe, não conseguiram viver baseados apenas nas forças deste mundo porque viram que todas as coisas passam, os reinos passam, a soberania e a soberba temporais passam, as perseguições e injustiças também passam, mas as palavras do Senhor não passam e permanecem ecoando aos ouvidos dos cidadãos do mundo. Viram ainda que estavam errados quanto aos feitos maravilhosos do Senhor direcionados para a salvação da humanidade. A intenção de Jesus, obediente ao Pai, era impregnar nos corações humanos a realização de todas as promessas eternas, de felicidade e bonança tais que o mundo inteiro não podia conter. Sedentos de paz definitiva, de amor verdadeiro, de alegrias eternas, de comunhão com os céus, os cidadãos do mundo preferiram aceitar a morte à vida.
A verdade é dura, mas é verdade. Permitam o trocadilho. Não somos deste mundo, apenas passamos por ele. Somos peregrinos por aqui. Na verdade, somos passantes, migrando por aqui e por ali, sem pátria, mais nômades do que nunca, forasteiros, pois nossa terra é o céu, nossa pátria é o céu. O mundo não nos pertence, tampouco pertencemos a ele. Ora, se aqui, apesar de tudo, é tão bom, como não será o céu! Se os frutos da terra são tão bons, como não serão os galardões do céu! Os frutos do Espírito são: “o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio” (Gálatas 5.22).
Nossa cidadania comum está muito aquém da cidadania celestial, pois o reino celestial não é como os reinos deste mundo, ser cidadão do mundo não é o mesmo que ser cidadão do céu. Ser cidadão do céu implica estar submetido ao governo de Deus que está em nosso coração e em nossa consciência, norteando nossa vida. Agora, antes de receber o título de cidadão do céu, é necessário reconhecer-se pecador, aceitar o Senhor como seu salvador, e sobretudo, renascer pela água e pelo espírito, mudar de vida pela Palavra de Deus, ouvindo a voz de Deus: “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus...Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (Jo 3.3,5). “Tendo purificado a vossa alma pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração uns aos outros ardentemente, pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (1Ped 1.22-23).
Portanto, é fato. Não somos daqui. Como transeuntes pelo mundo, mais nos damos conta de que marchamos para os céus, haja vista que esta vida não se basta nela mesma, mas se completa com a vida eterna. “(...)Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. (...)Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido”(1Cor 13. 9-12). Atribui-se a Sócrates o dito de que "Não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo". Completaríamos o legado oral assim: “Não sou nem ateniense, nem grego, nem cidadão do mundo, mas sim um cidadão do céu”.

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
Bacharel em Teologia, Licenciado em Filosofia e Especialista em Metafísica
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A Igreja Assembléia de Deus do município de Florânia comemorou na noite deste domingo (19) os cem anos de existência no Brasil e seus trinta e dois anos de fundação na terra das flores.
Com muito louvor em nome do senhor Jesus, foi como celebraram os cem anos da Igreja Assembléia de Deus no Brasil. Em Florânia, no Castelo de Eventos, localizado ao lado da Praça Mãe Santa, os irmãos da igreja se reuniram e comemoraram juntos com muita alegria o centenário da fundação da igreja no Brasil. Na terra das flores a Assembléia de Deus foi fundada no ano de 1979, completando seus trinta e dois anos de existência em nosso município.
O evento contou com a apresentação das Bandas Ramalhetes e Nordestinos Adoradores, que juntos celebraram com muito louvor a grande noite. Ainda esteve presente o Presbítero Jailton da cidade de Pedra Preta, onde o mesmo foi o pregador da noite deste ultimo domingo que também contou com a presença das caravanas da cidade de Lajes e Tangará, além de um grande público floraniense que também vieram prestigiar.

Quem falou com nossa redação foi o Presbítero da Igreja Assembléia de Deus de Florânia, Francisco das Chagas Senna, que na oportunidade contou um pouco sobre a importância dos cem anos de existência da Igreja no Brasil. “A nossa igreja representa muito para a história do Brasil, por que durante estes cem anos muitas pessoas foram alcançadas pelo evangelho, elas realmente conheceram a palavra de Deus, muitas delas foram libertadas das drogas e de vários vícios. O evangelho cresceu muito, a Assembléia de Deus expandiu em todas as regiões do Brasil de uma forma muito rápida e aqui em Florânia, apesar do número ser pequeno ainda, mas ela tem tido uma crescimento muito satisfatório. Muitas pessoas tem procurado a igreja precisando de apoio espiritual e tem encontrado em nossa igreja em Florânia o apoio que elas precisam. A nossa igreja faz um trabalho de visitação, ou o evangelismo, visitando as pessoas, levando uma mensagem a pregação. Também fazemos um trabalho de distribuição de cestas básicas para aquelas pessoas que precisam e procuram a igreja e que entre os irmãos fazemos uma coleta e que na medida do possível possamos ajudar aquelas pessoas que estão necessitadas." Concluiu Senna Presbítero da Igreja Assembléia de Deus em Florrânia.



Quando tomamos a bela iniciativa de sair de nossa inércia individual; quando decidimos sair de nós mesmos para corrermos ao encontro do Mestre; quando nos movemos em direção ao advento de nossa salvação que é Cristo; quando saímos, saímos e saímos num movimento dinâmico e vivo de êxodo para buscar um lugar prometido, tal como Jerusalém para o povo de Israel; quando deixamos o pecado, nossos vícios e até nossas idiossincrasias, estamos promovendo a verdadeira salvação em nossa história que acaba de ser modificada, não é a mesma de antes. Encontrar-se com Cristo é ter coragem de mudar. A sua presença contagia e irradia a todos. Seu toque tem a força curativa de um Deus redentor e salvador. Alguém que se encontra com Cristo jamais permanece o mesmo!
Pelas andanças de Jesus em Samaria, Judéia e Galiléia nós percebemos a notoriedade de suas palavras e de seus atos. Não poucas vezes, Jesus passava em meio à multidão e mesmo assim era visto e ouvido. Quem não lembra do grito do cego de Jericó, Bartimeu: “Jesus, filho de Davi, tende piedade de mim que sou pecador!?”(Lc 18. 35-43). Quem não revive a experiência de Zaqueu, um publicano rico e desleal com o seu próprio povo, que arrecadava impostos na alfândega para favorecer o império romano!?(Cf. Lc 19. 1-10). E ainda Mateus, uma figura visível no evangelho que traz o seu próprio nome, o qual traía também os seus para favorecer os cofres de Roma(Cf. Mt 9.9s).
Vejam esses três exemplos de pessoas que simplesmente sentiam um desprezo muito grande pelos seus que eram israelitas, povo escolhido por Deus para perpetuar a Tradição Patriarcal de Jacó, Isaac e Moisés. Certamente, o cego estava incomodado com a exclusão social que sofria, mas mesmo assim Jesus se dirigiu até ele num movimento de advento da salvação e da cura frente à sua limitação e sofrimento. O grito do cego de Jericó representa aqui o movimento oposto ao do Mestre. O socorro do cego é um movimento de saída de si, de suas limitações, de sua cegueira para a visão, das trevas para a luz. Possivelmente, com Zaqueu, os dois movimentos também aconteceram, um exodal e outro adventício. A carreira de Zaqueu para subir numa árvore e a sua transformação ao vê-Lo e ao sentir a sua presença. Na mesma medida, recebeu Mateus uma experiência extraordinária do encontro com Cristo. Mateus não aguentava mais ser desprezado pelo seu próprio povo, pois o havia traído, tirando dele impostos para ser dado ao Império. Vivia angustiado, excluído e taxado de impostor e traidor. Até que passou Jesus por sua mesa de cobrar impostos e ele simplesmente foi contagiado por sua pessoa. Algo diferente foi visto por Mateus para abandonar aquela vida e atender ao convite do Mestre: “Vem e segue-me”. Deixou tudo e seguiu aquele homem arrebatador de corações. Algo extraordinário contagiou Mateus!
Nada, absolutamente nada permanecia o mesmo ao ver Jesus ou ao ouvir a sua voz. As pessoas se admiravam do poder que emanava de seu toque e de suas palavras. É óbvio que todos nós estamos comprometidos pelo pecado de Adão. Herdamos com Adão, o pecado por natureza. É próprio da natureza humana o pecado, mas com Cristo, temos a certeza da libertação de nossa natureza e consequentemente de nossas vidas(Cf. Rm 5.12). Se estávamos condenados ao pecado, agora estamos absolvidos em Cristo. O encontro com Cristo promove esta salvação que exige de nós a admissão de nossa natureza pecadora. É preciso assumir que somos pecadores. Depois, confiar que Jesus pode nos salvar e, por último, aceitar que só existe um salvador entre Deus e os homens que é Jesus. Só Jesus salva!(Cf. 1Tm 2.5).
Além de todos os episódios bíblicos, lembrados aqui, para ilustrar que o encontro com Jesus promove salvação, libertação, comunhão com Deus e mudança radical de vida, a cena da cura dos dez leprosos(Cf. Lc 17. 11-19) que vinha acompanhada do drama do sofrimento humano e da exclusão social é maravilhosa, pois leprosos eram separados sem a possibilidade de nenhum contato social, mas Jesus os recebe e os cura, embora apenas um(01) depois tenha voltado para agradecer. Jesus os recebe e os cura porque sente o clamor desses pecadores por salvação. Jesus respeita o desejo de salvação daquelas pessoas, o desejo de se sentirem livres e curadas de todo o mal. O querer é o movimento de êxodo de todo pecador que quer a chegada definitiva de Jesus salvador.
Portanto, enquanto pelejamos na história em meio ao pecado, estamos sempre saindo de nós mesmos em constante movimento de encontro com o que há de vir, Jesus Cristo, pois está sempre vindo, chegando com providências e agindo maravilhosamente em nossas vidas. Bendito seja Deus!!!

Prof. Jackislandy Meira de Medeiros Silva
Licenciado em Filosofia pela UERN e Especialista em Metafísica pela UFRN
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