Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos


em que dirás: Não tenho prazer neles;


antes que se escureçam o sol e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;


no dia em que tremerem os guardas da casa, e se curvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já


serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas,


e as portas da rua se fecharem; quando for baixo o ruído da moedura, e nos levantarmos à voz das aves, e todas


as filhas da música ficarem abatidas;


como também quando temerem o que é alto, e houver espantos no caminho; e florescer a amendoeira, e o


gafanhoto for um peso, e falhar o desejo; porque o homem se vai à sua casa eterna, e os pranteadores andarão


rodeando pela praça;


antes que se rompa a cadeia de prata, ou se quebre o copo de ouro, ou se despedace o cântaro junto à fonte, ou


se desfaça a roda junto à cisterna,


e o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu.


Vaidade de vaidades, diz o pregador, tudo é vaidade.


Além de ser sábio, o pregador também ensinou ao povo o conhecimento, meditando, e estudando, e pondo em


ordem muitos provérbios.


Procurou o pregador achar palavras agradáveis, e escreveu com acerto discursos plenos de verdade.


As palavras dos sábios são como aguilhões; e como pregos bem fixados são as palavras coligidas dos mestres,


as quais foram dadas pelo único pastor.


Além disso, filho meu, sê avisado. De fazer muitos livros não há fim; e o muito estudar é enfado da carne.


Este é o fim do discurso; tudo já foi ouvido: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é todo o


dever do homem.


Porque Deus há de trazer a juízo toda obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.


Eclesiastes 12.1-14.



Definitivamente, não nos conformamos com a morte. Toda vez que alguém morre sem deixar rastros de explicação, sem deixar motivos para isso, e mesmo que, para alguns, razões ainda possam existir, ela não é o fim, sobretudo, quando se trata de alguém que prestou intensos serviços no ofício da medicina, alguém que passou mais da metade da vida dedicado à arte de devolver a saúde às pessoas, alguém que estava se tornando o que era pelo que fazia: Um pequeno, mas grande homem; Um pequeno, mas enorme coração; Um pequeno, porém gigante Médico.
Repare bem que perdemos um amigo e um Médico de conduta impecável, cujo respeito acompanhava a sua profissão. Tínhamos não só respeito, mas também admiração por ele. Nos instantes mais duros, com problemas de saúde, sabíamos que tinha alguém para nos apoiar, alguém que se importava conosco, alguém que nos entretinha mesmo nos momentos mais duvidosos da nossa existência. Talvez Dr. Aurélio tenha perdido as contas, em quase 40 anos de médico aqui em Florânia, das inúmeras alegrias que proporcionou às pessoas; das incontáveis vidas que ajudou a por no mundo; e de tantas que salvou à beira da morte.
Sim, acredito que deva ser esta a impressão de todos aqueles que passavam diariamente pelas mãos ou pelos cuidados do Médico Dr. Aurélio na Cidade de Florânia, seja para um cumprimento, seja para um conselho ou até mesmo para uma consulta. Era um abnegado por sua profissão que a tinha como vocação. Não correspondia aos apelos da medicina só porque tinha um salário a receber no final do mês, mas porque tinha um compromisso com a vida, com a história das pessoas, tanto é que sabia detalhadamente o histórico de cada um dos seus pacientes, pois fazia questão de conviver com os seus prontuários, conhecia cada palmo dos sentidos vitais de seus pacientes, de modo que estabelecia com eles uma relação de puro compromisso profissional. Não relutava aos pedidos de ajuda nas horas de maior urgência para a população, quando da escassez de médico na cidade. Não murmurava quando sabia que a sua assistência podia fazer a diferença num único e exclusivo momento de socorro. Antes de tudo, era um médico presente e solícito, principalmente nas urgências que chegavam inúmeras vezes a bater a porta da sua casa ou a tocar o telefone.
Não são poucas as vezes que queremos fazer a diferença na vida com algo extraordinário, mas com Dr. Aurélio, simplesmente o rotineiro é que estava sendo absolutamente extraordinário. Sempre desempenhou eficazmente seu papel como principal médico da Cidade de Florânia. E isso é uma unanimidade para todos. Será difícil para o floraniense entrar na Maternidade(APAMI) e não ver mais Dr. Aurélio. Também ir ao Centro de Saúde e lá não poder vê-lo. Até mesmo ao redor da Praça e da Matriz, onde dava suas constantes caminhadas, será difícil passar por lá e não poder vê-lo. Na verdade, será duríssimo para o floraniense conviver com a ausência de Dr. Aurélio.
Resta à vida agora nos dar a saudade não só do homem José Aurélio, mas do Médico, do Professor, do Político, e principalmente, do Amigo, DR. AURÉLIO.
Portanto, a sua gentileza e a sua docilidade fizeram-me lembrar de uma passagem bíblica que diz: “Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos”(Pv. 16.24).


Saudades,


Prof. Jackislandy Meira de M. Silva
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Num mundo de valores invertidos, não é tão fácil ouvir a intensidade da voz do Mestre: “Não há bom, senão um só que é Deus”(Mt 19.17). Só Deus é bom ou mais que bom. Seria desafiar a própria estrutura das coisas arrumadas com base no relativismo e na fragmentação de todos os valores. A voz de Cristo entra na vida humana, tal como a flor de Drummond que teima em nascer no chão do asfalto. Se é difícil imaginar uma flor nascer na terra dura de um asfalto, avalie então a unidade formidável do bem que é Deus poder entrar no emaranhado mundo de valores relativos, que urgentemente precisa ser revisto.
As pessoas sentem-se paralisadas com um consumismo compulsivo. Há gente por aí que sai de casa para comer comida de casa. Compra as mesmas coisas apenas para satisfazer seu sujeito de desejo, simplesmente para massagear o seu ego. Procuram-se lugares de prazer intenso quando o único lugar é dentro de nós mesmos numa comunhão indissociável com o uno, a unidade absoluta e indestrutível, Deus.
Infelizmente, não se ouve mais essa voz que não quer e não pode, também não deve calar. “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me”(Mt 19.21). Antes desse apelo do Mestre, o jovem rico se perguntava sem cessar: “(...) que me falta ainda?”. A resposta estava ali, incrivelmente presente na pessoa de Jesus, bem como o chamado à unidade absoluta.
A pergunta do jovem a Jesus é avassaladora, uma vez que pontua admiravelmente a extensão da ansiedade humana. Não somente em dado momento o homem se pergunta pelo que falta, porém em todos os momentos do curso da história, pois é a marca do quanto se é insaciável, do quanto se é insatisfeito.
A insatisfação, a sede, a procura, a falta é a marca da sociedade presente. Mas, não são as roupas, não são as compras, não são as comidas, não são as bebidas, tampouco o dinheiro, muito menos qualquer bem em particular que possa imediatamente trazer-lhe saciedade e realização pessoal ou autossatisfação, é seguir o apelo do Mestre: “Um só é bom”. Deixe-se atrair pelo Bom, pelo Único, pela Totalidade, pelo Infinito. Seguir a Jesus implica ouvir a sua voz que não é a voz da multidão, que não é a voz da ilusão, que não é a voz de falsas verdades.

Prof.: Jackislandy Meira de Medeiros Silva
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