De fato, quem nos introduz no culto trinitário é o próprio Jesus, pois sua conduta e sua palavra dão um sentido novo ao culto a Deus. Também, o culto cristão é um ato de adoração e de gratidão com o Deus Criador. É um culto filial como dom do Pai por meio de Cristo e sob a ação interior do Espírito Santo. Este culto nos leva ao Pai numa oferenda verdadeira de todo nosso ser, claro, essa elevação é sempre em cristo sob o Espírito Santo. Toda a Trindade entra em comunhão com os homens para oferecer-lhes a possibilidade de santificação.
Percebamos como é fabuloso: não há culto cristão verdadeiro, digno e compenetrante de significados sem o Mediador Perfeito da Nova e Eterna Aliança que é Cristo, e muito menos sem a presença do Espírito Santo. É impossível o culto da Nova Aliança sem a presença do Espírito Santo! Isso mexe conosco porque este é o culto que o Pai mais quer. Com a moção ou ação do Espírito Santo no culto, isto é, na ação de graças, o culto se torna uma expressão oral, corporal, portanto vital da vontade do Pai pela pessoa do Filho. Dessa maneira, seremos “os verdadeiros adoradores que adorarão o Pai em Espírito e Verdade”(Jo 4.23).
É por isso que a ação cúltica feita com Espírito enaltece toda a obra salvífica de Cristo, movendo-nos a seguir o próprio Mestre como discípulos capazes de oferecer sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.
O culto é, sobretudo, pneumático, pois deixa de ser apenas uma atitude formal e ritualística para tornar-se, de tal modo, uma expressão de amor à vida do ser humano a partir da vida de Deus na pessoa do Filho. Assim, a assembléia que se forma não é um mero aglomerado social de adeptos em torno de um ideal; outrossim, é uma verdadeira comunidade, congregada pelo Espírito Santo e que participa de uma comunhão(koinonia, conforme At 42) a qual logo se traduz em solidariedade mútua e fraterna. O culto a fim de glorificar o Nome do Senhor é a essência querida por Deus, porque a Igreja de Cristo é essa assembléia dos que invocam o Nome de Jesus Cristo.

Jackislandy Meira de M. Silva, Professor e Filósofo.
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Nós falamos da condição humana não para insistir somente no aspecto da fragilidade humana: corpo; psique; espiritual. No entanto, tocamos na comoção humana para vencermos, como Cristo, o mal, a morte, o pecado.
A ternura de Deus e a vitória sobre o mal.
A fragilidade humana: sinal de Deus que reconstrói a vida.
A vida de Cristo é uma oferta de graça. É ela que determina uma novidade na vida da pessoa. Principalmente, quando nos acontece uma experiência de graça.
Existe uma contradição: entre o ser; e o dever ser. A filosofia contemporânea elabora uma dialética sobre esses dois problemas.
Deixamos pra lá as contradições e nos apegamos às coisas. O niilismo, a negação do valor das coisas. A Reconciliação com Deus é a superação da divisão nas estruturas conflitivas que se encontram principalmente no coração do homem. Os exemplos são evangélicos: Mateus e Zaqueu. Um dia vocês serão salvos. Os primeiros que são tocados por Cristo são amados: “Vinde e vede”. Rm 7.14-25 – DIVIDIDOS. A divisão não é de origem dialética hegeliana e marxista, mas de origem ontológica, a partir dos conflitos internos do ser humano, sublinhado pelo apóstolo Paulo. Superar a divisão e vencer quando não se vê alguém dividido ou quando não se está dividido parece tarefa fácil. Agora, superar a divisão dentro da realidade e encontrar uma unidade pra ela é já uma tarefa honrosa. Pois se vence pela presença da Pessoa de Cristo, pelo encontro com a pessoa de Cristo. Cristo supera a dialética entre judeus e gregos; entre a lei e a Filosofia através da reconciliação com a Pessoa de Cristo.
A partir de Cl 1.20 em paralelo com Ef 2.12-18, é apresentada a comunhão com Deus de tipo pessoal de cósmica.
Em 2Cor 5.17-20, a pessoa que vive a unidade em si é uma pessoa nova. Tudo isso vem de Deus. O resgate do homem com seu redentor e salvador é obra de Deus através de Cristo, de uma pessoa, e não de uma dialética.
Tudo aquilo que é divisão é superado. O encontro dos apóstolos com o Senhor. Que experiência! Porque se toca a carne, a humanidade é bendita, santa de Cristo que agora está à direita do Pai. O resgate do fiel por Cristo é dado por uma pessoa, e não por um discurso. A volta do ser humano quebrantado para Deus é via Cristo pessoal. Portanto, é Deus quem reconcilia por Cristo.
É o olhar de Cristo que toca um coração dividido, contrito, quebrantado. É o reconhecimento da pessoa de Cristo que supera toda e qualquer divisão. Um fato marcante disso, é a famosa cena do filho pródigo no Evangelho que chora de dor ao lembrar do Pai. Isso não o move ainda. A dor ainda não é suficiente para fazê-lo sair do lugar. Mas na casa de meu Pai há tanta comida! O que move o caminho é a presença amorosa do Pai. É uma sinergia entre Deus e o homem, entre o movente e o movido, entre a Graça e a contrição, entre Cristo e o quebrantado que liberta integralmente o ser humano de todo pecado.
Toda essa experiência de libertação, de reconduzir o cristão perdido pelo pecado até Deus, é marcada pelo nosso SIM ao apelo salvador de Cristo em aceitá-lo verdadeiramente. É, em última instância, o SIM do crente a Cristo que o faz uma nova criatura, onde o abandono passa a dar lugar a uma presença real e atuante de Cristo. Nosso SIM pronunciado a Ele já foi dado mais de uma vez, “Pedro, Tu me amas?” Sim, nós o amamos.








De maneira extraordinária, Deus entra, abre e ilumina o nosso tempo, isto é, a nossa história, tornando-a Sagrada. Da criação à sua gloriosa manifestação, Deus acompanha todo aquele ser oriundo de suas mãos, o homem.
Sabe-se que o grande pecado de Israel foi o esquecimento de Deus, por isso eles passaram a celebrá-lo todos os anos, toda páscoa, todos os meses, os dias, as semanas, os minutos, todo o tempo.
As maravilhas que ocorreram na vida do povo de Israel passaram a ser celebradas, memorizadas todos os dias, todos os momentos de sua vida. A esperança de Israel estava voltada para um acontecimento que iria se repetir: a páscoa, a libertação dos poderes da morte, a entrada definitiva para a vida eterna, a Vitória do Filho de Deus.
Assim já começamos a desenhar o início da Intervenção definitiva de Deus em Cristo na História, por isso, “história da Salvação” porque ela vive ansiosa por uma realização definitiva, verdadeira e única: a Redenção. Essa história se desenvolve progressiva e misteriosamente em duas fases que se compenetram: o Antigo e o Novo Testamento. A primeira é marcada pela Profecia; a Segunda é envolvida pela realização. Mas aludimos uma outra etapa importantíssima que sobrevive pela força do Espírito, atualizando no “hoje” da nossa vida cristã, a paixão, a morte, a Ressurreição e a glorificação de Nosso Senhor Jesus Cristo. Esse tempo de graça é a Igreja, uma das últimas etapas constitutivas da história “salutis”. É por isso que “hoje” Deus continua a criar, a salvar e a iluminar o homem. De certa forma, Deus invade nosso tempo e espaços, nossos anos, meses, semanas e dias para atualizar eficazmente o Mistério de Cristo, seu Filho amado.
Através da oração podemos mergulhar no Mistério de Cristo e tirar o véu, ainda que de modo escondido, não completamente revelado, pois há de mostrar-se face-a-face no Céu. De fato, Deus continua recriando toda a história pela celebração, pelo culto da Palavra, pela ceia com Cristo, no Espírito, a história é recriada, no sentido de renovada e atualizada.
É no “hoje”, no agora do Deus vivo que nossa oração ungida no Espírito envolve toda a história, fazendo clarificar para toda a Igreja o sentido verdadeiro dos atos e das palavras de Cristo. De uma vez por todas, a irrupção de Deus no tempo mortal de um tempo vivo torna-se presente pela ação do Espírito nas pessoas, no cristão, atravessando todas as eras, toda a História da Salvação.

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Kant, já conhecido por nós aqui no blog, fora matéria de discussões em temas passados, filosoficamente, traz para toda a modernidade e atualidade uma reflexão elaborada na fenomenologia – “Corrente filosófica fundada por E. Husserl, visando estabelecer um método de fundamentação da ciência e de constituição da Filosofia como ciência rigorosa. O projeto fenomenológico se define como uma volta às coisas mesmas, isto é, aos fenômenos, aquilo que aparece à consciência, que se dá como seu objeto intencional”(JAPIASSÚ e MARCONDES. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 1996. p.102) – afirmando que é impossível chegarmos a um conhecimento racional e concreto da coisa em si, mas somente daquilo que nos aparece. Com isso, Kant se impulsiona rumo ao aspecto das aparências, do como as coisas, suas realidades se mostram para nós e de como as percebemos realmente. Para ele, assim como a Física, a Metafísica e a Matemática têm seus estudos específicos e particulares, a Religião não terá esse privilégio, essa particularidade na rigidez da análise.
Porém, a Religião não passa despercebida e assume um papel totalmente moral e prático, é o dever identificado, como se fossem deveres religiosos, isto é, é a virtude moral quer fossem deveres religiosos. Deus existe na medida em que vivo sem condicionamentos ou com menos condicionamentos de acordo com minhas possibilidades éticas. A existência de Deus, para Kant, assume uma conecção entre minhas virtudes morais, comportamentais e minha própria felicidade, pois a felicidade começa no momento existencial e fenomênico em que o homem se utiliza de sua liberdade consciente e vital. Portanto, a Religião para ele seria essa conecção entre Deus e o eu interno e consciente em aderir determinada prática moral.
Um especialista em religiões, Mircea Eliade, competente na área, em seu livro “O Sagrado e o Profano”, vai de encontro a Kant afirmando que a Religião não deve assumir somente seu lado interno e moral, mas também ritual com detalhes sacramentais, litúrgicos, cúlticos para demonstrar existencialmente este sentimento religioso. É óbvio que isso não deve ser feito aleatoriamente ou rotineiramente, mas sempre buscando os sentidos primitivos de tempo e do próprio lugar onde se realiza tal rito, tal costume. As nossas expressões rituais não devem ter um sentido de promoção profissional e nem tampouco o de “status”, mas de crescimento espiritual e de comunhão ardente com Deus.
Kant tem uma cabeça pensante bastante ventilada pela busca de explicações filosóficas dos fenômenos no em torno de si. Leva isso a cabo. Sem dúvida contribuiu para uma tomada de posição acerca do aspecto religioso em diversas culturas ou em vários grupos, tidos como religiosos.
Mircea Eliade é um autor que se apropriou muitíssimo bem de todas as manifestações religiosas, de crenças multiformes, cheias de valores diferentes, porém respeitados e cultuados pelos povos tradicionais e atuais. Ele faz um apanhado histórico sobre as culturas religiosas e as traz para o comportamento fenomenológico das civilizações atuais ou consideradas como tais.

Jackislandy Meira de Medeiros Silva.
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